segunda-feira, 10 de maio de 2010

KEANE - Biografia 2010



Não são muitas as bandas britânicas que, nos dia de hoje, conseguem editar mais do que um álbum e  ainda tenham conseguido vender mais de um milhão de cópias por cada um dos editados.
No caso dos Keane, eles possuem três. Menos ainda são aqueles que repetem e mantém o êxito fora do Reino Unido, só mesmo um número muito reduzido é capaz de continuar a desenvolver o seu som à medida que a sua carreira progride. Os Keane, na última década atingiram tudo o que foi dito anteriormente e muito mais. Depois de venderem 10 milhões de cópias dos seus três premiados álbuns, não é um exagero dizer que eles se estabeleceram como uma das bandas de maior êxito mundial, uma das mais queridas e inovadoras. E, tanto como eles afirmam, só estão a começar.

Esq-Dta: Tim Rice-Oxley, Tom Chaplin e Richard Hughes
Os três membros dos Keane - Tom Chaplin, Tim Rice-Oxley e Richard Hughes - começaram a fazer música ainda adolescentes na pacata East Sussex. Mas só depois de vários anos a percorrer ruas sem saída a desperdiçar energia é que as coisas começaram a correr bem. Em 2003, o fundador da Fierce Panda, Simon Williams, após vê-los em concerto, ofereceu-se para editar uma cópia limitada de um single. Isto levou-os rapidamente a arranjar contrato com a Island Records o que levou em 2004 brilhante álbum de estreia intitulado Hopes And Fears. O album literalmente guiado por hinos românticos e extremecedores como, Somewhere Only We Know, Everybody's Changing e Bedshaped, catapultou os Keane para um êxito global, vendendo quase 6 milhões de cópias e recebendo inúmeros galardões (incluindo em 2010, onde foi nomeado o Melhor Álbum Britânico dos últimos 30 anos).

Em 2006 os Keane editaram o seu segundo trabalho, Under The Iron Sea. Comparado com o álbum de estreia foi considerado obscuro e intenso, dominado pela dor e frustração de uma banda que estava no limiar após dois anos de digressão, quase ao ponto de se separarem. Mas, mais uma vez, no núcleo do disco estavam as melodias majestosas de Tim Rice-Oxley e a rica e poderosa voz de Tom Chaplin. A incrível reacção que provocou o álbum nos concertos, que se tornavam cada vez maiores da banda, resultou por fim, num efeito revitalizante na amizade que os membros da banda partilhavam desde a escola primária.

O terceiro trabalho dos Keane, Perfect Symmetry, que foi publicado em 2008, marcou uma nova mudança de estilo genuíno e impressionante. Gravado em Berlim, Paris e Londres foi o primeiro álbum dos Keane onde utilizaram novos sons, como uma serra musical, um saxofone e vozes gravadas através de uma bateria. Por outras palavras, o som de uma banda positiva que estava encantada com o prazer de fazer música de novo. O seu primeiro single, Spiralling, um tema vivaz com som de sintetizadores pop, muito ao estilo de Bowie, ganhou o Prémio Q de Melhor Tema do Ano antes mesmo do álbum ser editado (quando saiu, os leitores da revista Q, votaram também para Melhor Álbum do Ano).

A banda esteve em digressão com Perfect Symmetry por todo o mundo, actuando em locais abarrotados passando por 28 países como Rússia , Austrália, Colombia, Coreia do Sul, Líbano e Suíça. Quando dispunham de intervalos na sua agenda dirigiam-se a estúdios de gravação para trabalhar em temas mesmo sem nenhuma intenção em paticular em mente, apenas pelo prazer de fazê-lo. "É incrivelmente refrescante poder, no meio de uma longa digressão, entrar num estúdio e criar alguma coisa," disse Tim Rice-Oxley. "É o que acabámos por fazer na maioria dos nossos dias livres."

K'Naan com os Keane
Esses novos temas acabaram por dar forma a um novo EP de oito canções, intitulado Night Train, editado a nível mundial a 10 de Maio de 2010. O título deve-se a forma preferida de transporte utilizada pela banda durante a digressão (o comboio de Moscovo a São Petersburgo foi especialmente memorável), o som deste EP demonstra também mais uma nova viragem sonora da banda. Nos destaques incluem-se duas colaborações que romperam todos os géneros, uma delas com o rapper Somali/Canadiano K'Naan, que se conheceram através do mútuo respeito que sentem ambos (Os Keane são surpreendentemente muito populares nos cículos do hip hop, Kanye West é outro grande fã de Keane). Durante três dias num estúdio em Londres, Keane e K'Naan criaram o irreprímivel tema Stop For A Minute e a canção inspirada no Rocky, Looking Back. "Penso que esses temas nos mostram uma luz totalmente nova" diz Chaplin.

Outra canção que sobressai no Night Train é Ishin Denshin (You've Got To Help Yourself), uma versão electro-pop viciante de uma canção de Yellow Magic Orchestra onde intervém a MC de Baile Funk japonesa Tigarah. "Esta canção é um exemplo vivo de como fizemos o álbum," explica Rice-Oxley. "Eu trabalhava uma ideia original no avião, o Richard gravava a bateria em Washington DC, o Tom as vozes em Copenhaga, a Tigarah as suas vozes em Los Angeles e acabámos o tema no autocarro da digressão. Estou muito satisfeito com o resultado final."

O Night Train também inclui a adorável canção com sabores a anos 80 Your Love, onde há uma rara interpretação vocal de Rice-Oxley, mais conhecido pelas suas composições galardoadas com prémios Ivor Novello,do que por ser cantor. "Toda as canções foram gravadas sob os espírito de "Porque não?" disse. "Não sentimos que gravar este disco fosse um "trabalho" nem nos preocupou propriamente faze-lo, nos divertimos a experimentar."

O resultado é outra gravação surpreendente, imaginativa e desafiante dos Keane - mas ainda assim construído à volta de sons que fazem assobiar as canções durante semanas. Quando os Keane se uniram pela primeira vez há muitos anos atrás, as três bandas que mais admiravam eram os Beatles, Radiohead e Blur. E partilhavam a opinião destas mesmas bandas que em tempos disseram que o que mais os motivava , era que apesar de ninguém poder dizer se eles continuariam ou não, era ouvir as pessoas afirmarem que valia a pena ouvi-los.

Com a edição de Night Train, os Keane converteram-se com toda a segurança em membros desse clube exclusivo.

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